Amar é cansar-se de estar só: é uma cobardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos) Bernardo Soares, O livro do Desassossego


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sexta-feira

A mim ninguém me cala.
Nem me enganam. Basta olhar para alguém uma única vez e sei logo o que se pode esperar.
Experiência de vida. Espirito observador.
Apercebo-me rapidamente quando contam mentiras, quando disfarçam, quando distorcem a realidade. É como que um sexto sentido. Podem aldrabar muita gente mas a mim não me compram.
É por isso que quando falam comigo já sabem que não vale a pena virem contar estórias da carochinha que lhes digo logo. E quando não lhes digo logo, trato de arranjar maneira de eles entenderem que não me enganaram. Numa próxima oportunidade.
Ou então deixo-os aflitos. A remoer. Eles percebem logo que eu sei tudo.
É fácil.
Basta dizer-lhes o que acho. Mas dizendo-lhes que foram outras pessoas que me vieram contar.
Não têm maneira de provar que sou eu que penso assim. E por outro lado ponho-os logo no lugar deles.
Não me enganam.
Quero ver eles dizerem-me na cara que aquilo que eu ouvi e que até lhes faço o favor de contar não é verdade. Que é da minha autoria e que estou a inventar pela boca de outros.
A mim ninguém me cala. Sou muito frontal, o que tenho a dizer digo logo.
Esta é que é a verdade verdadinha.
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quinta-feira

Avisei.
Bastas vezes.
Uma completa e tremenda falta de educação. E principios. Há que respeitar o espaço de cada um.
Ordenadamente. Civicamente.
Tentei a aproximação civilizada, falei, expliquei a situação e as consequências.
Nada.
Tudo se repetiu nos fins de semana.
Deixei uma pequena nota na caixa do correio. Duas. Três, quatro.
Nada, voltou o barulho infernal do rádio do carro, as aceleradelas antes de desligar a ignição, a porta do prédio a bater com toda a força.
Uma falta de consideração.
Às quatro, cinco da manhã. Quando o sono dos justos se concilia até ao erguer para se cumprir o seu dever de cidadão.
Das vezes seguintes apelei às forças de segurança.
Pago os meus impostos, tenho direito a que zelem pelo meu sono.
Mas só vieram por duas vezes. Ocupados a prenderem ladrões, desculparam-se.
Por isso deixei de avisar.
Tirei-lhe o sono como ele mo tirou aos fins de semana pela madrugada.
Ninguém me pode acusar que não tenha sido paciente.
Tão paciente que esperei por ele uma noite inteira, cheio de frio, no vão do prédio, para lhe impedir os pneus do carro voltarem a rolar para outros fins de semana.
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quarta-feira

A idéia não era má de todo.

Com alguns retoques até que sería capaz de se tornar viável. Boa. Pronto: Aproveitável.

Claro que estas coisas não se podem revelar a quem a desenvolveu. Pelo menos no mundo empresarial. Uma selva. Uma competição. Leva a melhor quem for esperto. E esperto é aquele que não revela os segredos todos.

Não tem que se queixar.

Muito menos andar a gritar que a idéia era sua. Era sua em bruto. Apenas pensada, não amadurecida. Melhorada só depois. Com a minha mão, o meu raciocinio, a minha capacidade de ver que depois de trabalhada podería ser uma boa noção. Portanto, choramingar pelos cantos que foi vitima de uma apropriação indevida é pura mentira. Deturpação da realidade e do contexto.

Aliás, quem iría notar que a idéia surgira de um mero rapaz que anda a distribuír o correio?!

Na verdade, aquilo que lhe fiz foi ajudá-lo. Encorajá-lo. Fazer com que acredite em si. Assim há-de trabalhar mais e com mais afinco. Pode ser que chegue aqui. Um dia. Que continue a ter boas idéias. E com algum esforço, para além de as produzir, que consiga desenvolvê-las. Torná-las viável.

Sem isso, nada.

Foi isso que fiz. Agarrar uma idéia e torná-la concretizável.

Coisa que não foi capaz de fazer.
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terça-feira

Um disparate. Incontrolável. Uma bestialidade. Irracional.
De o deixar irracional.
Dos outros na sua situação não sabía o que lhes havía tocado em sorte. Mas ele não. Tudo o que de mau podería existir condensara-se no que lhe havía ido parar a casa.

De ínicio achara-lhe graça. Parecía um boneco com pilhas alcalinas, peludo, desajeitado. E é como dizem: Tudo o que é pequeno tem graça.

Mas à medida do crescimento o aumento proporcional dos estragos, das despesas de veterinário, de comida. A substituição sem hipótese de restauro de móveis, almofadas, fios, sapatos. Já para não falar na pequenez da capacidade de aprender onde fazer as necessidades. Estas sim, cada vez mais e mais odoríferas e sempre nos locais menos apropriados.

Um disparate.

Achar que tê-lo sería uma compensação à solidão. Não. Apenas o mantinha continuadamente ocupado e sempre em tarefas nada agradáveis. De solitário e calmo passara a solitário e uma pilha de nervos.
Ainda podería acrescentar que deixara de ter horas e momentos só para si. Ler o jornal, ficar até tarde na cama eram actividades que pertencíam ao passado. Agora levantava-se ainda noite, com chuva ou sem ela, dobrava-se para apanhar dejectos nauseabundos, a roupa sempre marcada de patadas.

Um disparate.

Concluiu que era ele ou a besta.
Antes só e lúcido do que mal acompanhado e enlouquecido.
Não o podíam julgar. Ele racional, homem.

Levou-o a passear para longe. Muito longe. Tão longe que tiveram de ir de carro.
Fez-lhe a vontade.
Deixou-o urinar em todas as árvores, roer tudo o que conseguiu abocanhar, correr em todas as direcções.
Aquela em que o cão seguiu foi a contrária à que regressou a casa.
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segunda-feira

Pão, leite, um quilo de maçãs. Das reinetas, se faz favor. Gosta do ácido das maçãs reinetas. Mas que não sejam das farinhentas. Gosta de maçãs reinetas com aquele travo ácido mas de textura firme. As outras já passaram de ser comidas. Para ela claro. Pode ser que haja quem goste. Ela não gosta.
Ela sabe muito bem o que quer e do que gosta.
Não, não quer mais nada. Hoje vai só isto. Não, não quer aproveitar os morangos que estão a um preço jeitoso. Pelo tamanho deles devem ser farinhentos por dentro. Não gosta de morangos grandes. Nem de maçãs reinetas farinhentas. Nem de morangos ácidos. Nem de preços de promoção para trazer artigo que depois não consome.
Ela sabe o que quer. Ninguém a engana.
Ela nunca se engana.
Pague-se.
É o pão, o leite e as maçãs. Um quilo.
Quanto é?
Pague-se.
Facilita os trocos.
Dá uma nota grande. Depois os trocados para receber de troco uma nota. Não quer moedas de troco.
Agarra nos sacos com o pão, o leite e o quilo de maçãs reinetas ácidas que não são farinhentas.
Na mão livre recebe a nota.
Sai apressada. Está com pressa. Perdeu muito tempo por causa das maçãs reinetas e dos morangos em promoção.
Acelera o passo até casa.
À porta mete a mão ao bolso e olha a nota.
O merceeiro enganou-se e voltou a retribuír-lhe a nota grande que ela entregara para pagar o pão, o leite e o quilo de maçãs reinetas ácidas. Mas não farinhentas.
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domingo

Lá no fundo tinha-lhe apreço. Reconhecimento. De quando em vez até lhe achava simpatias. Agradinhos. Era tudo uma questão de humores. Satisfeitos.
Dizer que gostava, não, de todo e pensar em afeição sería mesmo um exagero.
Vivia-se. Comodamente.
Era por isso que a tinha pedido em casamento. Comodidade. Garantia de serviços prestados sem a parte dispendiosa do contrato.
Depois ela não devía nada à beleza. E a idade de casar fora-se.
A bem dizer fora um acto de caridade da sua parte pegar nela.
Depois havía também a solidão. Ía-se para velho. Ficar só e doente e sem mãos que lhe valessem sería uma tragédia. E também uma despesa. Tudo pela hora da morte.
De principio lá se sentía impelido a cumprir as obrigações de conjuge. À noite. Ao Sábado. Mas com o passar dos anos foi-se escapando aos poucos a esse martirio dele por cima e ela por baixo. O que gostava mesmo era de uma rapariga que andava na vida e que lhe permitía tudo, mexer em tudo, consolar-se com tudo.
Em casa era diferente. Tinha que se comportar. Ser homem. Ela não se queixava e para ele estava tudo certo.
Desde que as camisas estivessem lavadas e o prato de comida estivesse quente estava-se bem.
Vivia-se. Comodamente.
Por muitos anos que vivessem ela nunca conseguiría retribuír-lhe na mesma medida tanta gratidão.
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sábado

De indicador torcido chamou-o. Por cima dos óculos de ver ao perto. Insistiu. Silenciosamente.
O outro entendeu que não podía escapar-se e obedeceu.
De cabeça ligeiramente tombada à direita. As mãos suadas num aperto. Pousadas frente aos genitais. Recebeu as instruções sem comentários. No final apoiou a ponta dos dedos no tampo da secretária. Mas rápido recolheu o gesto perante o olhar do seu locatário.
Afastou-se.
Da sua secretária efectuou um telefonema. Depois rodou o tronco na direcção do homem que o chamara e fez-lhe um aceno consentido de cabeça. O outro compôs os óculos de ver ao perto.
Na 3ª fila de secretárias um homem sentado de tez amarela recebe um telefonema. Não diz nada. Desliga o telefone sem ruído. Levanta-se. Anda até ao final da sala. Fala baixo com a mulher que está sentada à secretária.
Ela ergue-se impetuosamente.
A cadeira onde estava sentada tomba com estrondo.
Todos se viram na direcção do barulho.
A mulher fala alto, gesticula, chora, faz perguntas.
Ninguém lhe responde. Nem mesmo o homem que está defronte da sua secretária.
Ela empurra-o para o lado.
Caminha apressada.
Dirige-se ao homem de óculos de ver ao perto.
Antes de aí chegar ele tira os óculos de ver ao perto, guarda-os no bolso do casaco e sai da sala.
A mulher fala ainda mais alto.
Depois um grande silêncio.
Todos retomaram o trabalho sentados, calados e virados para a frente.
A mulher faz perguntas e ninguém parece ouvi-la.
Corre para a secretária do homem que sua das mãos.
Ele aponta para o homem de tez amarela.
Ela chama o nome desse homem.
Ele aponta para a secretária do homem que saíu.
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sexta-feira

Logo que lhe telefonou soube que tería que prometer. Embora não quisesse. Só quería trocar meia dúzia de palavras. Ouvir que ela quería conhecê-lo. Pela enésima vez. Só lhe ligava quando mais ninguém o atendía. Já sabía de antemão que a contrapartida era aquele pedido para marcar a data do encontro. E encontros não quería mesmo. Só aquelas frases que o consolavam e fazíam sentir desejado. Especial. Único. Nisso ela era mesmo boa. Tinha frases certeiras. Boas de se ouvir. Muito igual ao efeito que um chapéu de chuva tem quando chove e não há abrigo.
Uma necessidade.
Prometeu mais uma vez o encontro para um futuro próximo.
Mas ela não se contentou.
Exigiu.
Pediu o dia e a hora.
Ele disse.
Pensou que dizer não era estar. Quando chegasse o dia avisaría que não podía ir. Ou outra desculpa. Ou iría e se não gostasse do aspecto dela desaparecería de fininho sem dar as caras. Ela aborrecida não voltaría a pedir mais encontros. Acabavam-se os pedidos. As promessas. A obrigação de dizer um dia.
Afinal só se conhecíam de fotografia tipo passe.
E isso qualquer um pode arranjar a que quiser.
Decidiu que tería de vez de resolver o assunto.
Logo havería de achar outro guarda-chuva se este não servisse mais.
Ou não. Talvez fosse melhor ao vivo do que na fotografia. A fotografia não o entusiasmava por aí além. Normal. Mas a realidade é sempre diferente.
Também não lhe tinha enviado uma fotografia sua. Tinha arranjado a dum tipo bem parecido. Com o cabelo todo. Sem a proeminência do abdómen. Com mais uns centímetros de altura. Sem os anos todos que efectivamente tinha.
Logo que desligou ficou certo que não podería ir.
Nunca mais lhe ligaría.
Nunca mais a atendería quando ela ligasse.
Tinha tido o seu tempo de uso.
Por isso nunca chegou a saber que ela não compareceu ao encontro.
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quinta-feira

O Sr.Pereira está ali para cumprir uma função. Não veio a passeio. A verdade é que detesta este tipo de incumbência. Parece que lhe sai sempre a ele este tipo de missão. Não é fácil. O que tem para comunicar é grave, penoso e inadiável.
Mandaram-no entrar, sentar-se, ficar à vontade.
O Sr.Pereira não veio fazer sala, não tem que ficar à vontade.
Perguntaram-lhe se aceitava uma água, um chá, um café.
Está tudo muito bem assim, mas o café sempre ajudava. Não teve tempo de tomar o pequeno-almoço, é homem sózinho, trata de si, por vezes esquece-se de si. E o emprego tem hora certa de se entrar, não quer saber dessas coisas de se ser sózinho ou acompanhado. Ainda mais com esta visita, não podía de todo atrasar-se.
Deixaram-no na sala, consegue ouvir ao longe os ruídos de louça.
Imagina que com o café venha uns biscoitos. As bolachas de manteiga são as suas favoritas.
O tempo parece que pára quando se está à espera. Ainda mais à espera para depois comunicar tal noticia. Ainda bem que o café lhe vai ser servido antes de a transmitir. Provavelmente não lho serviríam. Ou pior, vingar-se-íam de alguma forma. Bem capaz de lhe cuspirem no café. Ou até mesmo agora. Não, agora não. Não sabem que tipo de noticia é que lhes vai dar. E depois, também não parece coisa deste género de pessoa. A casa é modesta, é certo, mas limpa. Nem se lembraría de tão nojento acto. Cuspir. No café que havería de beber. Vai beber.
Que demora. Tanto tempo para fazer um cafézinho.
Se não vierem bolachas de manteiga não come nenhumas. Sabe-se lá de onde vieram.
Inspira profundamente.
Há um cheiro estranho.
Endireita-se. Ficou mais forte o cheiro. Cheira mal.
Apura as narinas. Não é a café que cheira. Tem a certeza absoluta. Cheira cada vez mais. Quanto mais dobra o tronco na direcção dos joelhos mais intenso fica o cheiro.
Cheira a merda. Descobriu.
Baixa os olhos na direcção dos sapatos polidos. Agarrado de lado no sapato direito tem fezes de cão.
Levanta-se.
Ergue a perna. No tapete alguns pedaços caídos. Exactamente no sitio onde lhe havíam oferecido assento e que ficasse à vontade. E onde espera que lhe tragam o café, de preferência acompanhado de bolachas de manteiga.
Desespera-se.
Esfrega com toda a força o sapato, de lado, de biqueira, de calcanhar, depois em viés, talvez assim acame o empecilho nas fibras do tapete, afaste os pequenos pedaços que se esboroam, disfarce o mau cheiro que empesta toda a sala.
Finalmente o tabuleiro com o café. Não há bolachas de manteiga, só pão e um pote de doce muito amarelo e brilhante.
O Sr. Pereira não brinca em serviço. Leva a mão ao bolso interior do casaco e retira decidido a ordem de despejo.
Pega na pasta, dá os bons-dias e avisa que a casa deverá ser entregue limpa.
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quarta-feira

E a chuva sem parar. Mais um dia de chuva a dar por derrotado todo e qualquer plano. Não há-de vir ninguém com esta chuva, nunca apetece saír. Chato. As estufas, quando é que se poderão abrir as estufas, tanto trabalho de tantos meses para isto. Dinheiro parado, dinheiro perdido. Bem, seja o que Deus quiser, parece que quer chuva. Devía tê-la mandado no tempo dela, agora é excessivo, uma fartura que só estraga e aborrece.
Ainda bem que não vem ninguém.
Com este tempo íam chegar todos enlameados, sujam tudo, a entrada, o living, tudo. Não é deles, não lhes custa, deve ser por isso que em vez de seguirem pelo trilho vêm junto aos canteiros. Não querem saber, arrancam as poucas rosas que têm sobrevivido a este tempo e não querem saber.
Ainda bem que não vem ninguém.
Devíam ter avisado que não vinham, evitavam o levantar cedo, os preparativos na cozinha. Tanta comida, dinheiro empatado. Tem que se congelar tudo. Em pequenas porções, é assim que deve ser feito, não basta pôr no frio, se está de chuva é bem provável que cheguem as trovoadas e depois já se sabe. Azeda tudo, um desperdicio.
E a chuva que não pára.
Já não vem ninguém.
Sería uma excelente oportunidade para pôr a leitura em dia, nunca há tempo. Mas não apetece, é a chuva, a chuva põe as pessoas assim. Sem determinação para muita coisa, para saír de casa por exemplo.
Se tivessem vindo, o tempo estaría ocupado com elas não com outros afazeres ou leituras. Talvez se afastassem das rosas se houvessem cartazes a avisar para não as colher. Esta sería uma boa altura para fazer esses avisos, pô-los junto aos canteiros. E ainda um outro a dizer para seguirem pelo trilho. Mesmo em tempo seco, mesmo sem ser a época das rosas. Já ficava. Para os dias de calor. O pó. Entra por todos os lados, assenta.
O pó e a chuva. Cada um a seu modo fazem estragos. Acabam por ser semelhantes.
Será que há alguém com coragem suficiente para se atrever a saír de casa com esta chuva?
Com os cartazes perde-se o ímpeto de arrancar as rosas, pisar fora do caminho marcado.
Chato.
Ser-se apanhado em transgressão. Mesmo ao pé dos avisos de proibição.
Pelo menos com esta chuva não há ninguém para estragar os canteiros e entrar de botas enlameadas. Do mal o menos. Pior é o dinheiro perdido do dia, a comida, as estufas. A falta de ânimo.
Não há-de vir ninguém, é certo.
Com este tempo e o tempo que já passou desde a hora habitual de chegarem é porque já não vêm.
Tanto melhor.
Adia-se o frete. Com esta chuva não há vontade de aguentar fretes. São tarefas, obrigações. Mas não deixam de ser fretes. Especialmente num dia como o de hoje.
Parece que vem lá alguém. Não. Sim, sim, vem mesmo. Chato. Devería chover o dobro do que a que cai. Isto já não são horas de aparecer. Vem fora dos trilhos. Não. Não, não, não. A rosa mais bonita. Agora não há nada a fazer.
- Entre! Venha para dentro, fuja desta chuva! Que tempo, hein?! Ainda bem que veio! Tenho um enorme prazer em recebê-lo na quinta! Mandei preparar uns acepipes...
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