A idéia não era má de todo.
Com alguns retoques até que sería capaz de se tornar viável. Boa. Pronto: Aproveitável.
Claro que estas coisas não se podem revelar a quem a desenvolveu. Pelo menos no mundo empresarial. Uma selva. Uma competição. Leva a melhor quem for esperto. E esperto é aquele que não revela os segredos todos.
Não tem que se queixar.
Muito menos andar a gritar que a idéia era sua. Era sua em bruto. Apenas pensada, não amadurecida. Melhorada só depois. Com a minha mão, o meu raciocinio, a minha capacidade de ver que depois de trabalhada podería ser uma boa noção. Portanto, choramingar pelos cantos que foi vitima de uma apropriação indevida é pura mentira. Deturpação da realidade e do contexto.
Aliás, quem iría notar que a idéia surgira de um mero rapaz que anda a distribuír o correio?!
Na verdade, aquilo que lhe fiz foi ajudá-lo. Encorajá-lo. Fazer com que acredite em si. Assim há-de trabalhar mais e com mais afinco. Pode ser que chegue aqui. Um dia. Que continue a ter boas idéias. E com algum esforço, para além de as produzir, que consiga desenvolvê-las. Torná-las viável.
Sem isso, nada.
Foi isso que fiz. Agarrar uma idéia e torná-la concretizável.
Coisa que não foi capaz de fazer.
.
.
.
.